Websites Julian de Norwich, A Revelação de Amor e Seus Contextos e Escritório  © Julia Bolton Holloway, 1997/2017, trans. Carmo Silva, Lisbon, 2001.

REVELAÇÃO DE AMOR DE JULIAN DE NORWICH :

O FRAGMENTO (G) DE MARGARET  GASCOIGNE/BRIDGET MORE

ABADIA DE SANTA MARIA, COLWICH, H18, FÓLIOS 155-161

Dona Bridget More, O.S.B.

{Dona Margaret Gascoigne, O.S.B., uma monja Beneditina Inglesa no exílio em Cambrai, na Flandres, aí morreu em 1637, sendo dela a primeira campa dentro da protecção da sua casa monástica (1). Antes desta data, tinha compilado uma antologia contemplativa das suas devoções. No Capítulo Quarente e Dois dessa antologia, copiou um fragmento de um exemplar medieval de Julian, provavelmente existente em Cambrai, comentando o texto. Enganando-se na leitura, ou lendo apenas uma parte to texto, pensando que Julian morreu e não sobreviveu a seguir à sua visão no leito de morte, em 1373. Não obstante, reage adequadamente à leitura, levando a experiência da presença de Deus de Julian, para a sua própria intensa vida de oração monástica. Ao realiza-lo, faz parte duma continuidade na contemplação - uma continuidade que transcende tempo e sexo, preocupando-se apenas que a alma se una a Deus na eternidade -, a ser alcançada numa comunidade onde todos se dedicam à conversão da mundaneidade para a estabilidade e a obediência.

O livro de devoções de Dona Margaret Gascoigne foi provavelmente encontrado na sua cela quando morreu e altamente estimado pelas suas Irmãs Beneditinas que, precisamente, o copiaram quando foi fundada, em Paris, a casa-filha de Cambrai. A cópia que sobreviveu, chamado por Placid Spearitt, O.S.B., 'Gascoigne B', foi realizada, da forma mais cuidada, por Dona Bridget More, O.S.B., descendente de Thomas More, irmã da fundadora de Nossa Senhora da Consalação, de Cambrai, Dona Gertrude More,  ela própria a primeira Prioresa de Nossa Senhora da Boa Esperança, de Paris. Uma outra parente de ambas foi Dona Agnes More, uma vez mais uma descendente de Thomas More, que escreveu um tratado influenciado por Julian de Norwich, intitulado The Building of Divine Love. Entretanto, Dona Clementia Cary, O.S.B., Fundadora da casa de Paris; sendo a filha do Visconde de Falkland, Vice-Rei da Irlanda, tinha contactos com a realeza Carolina, especialmente com a Rainha Henrietta Maria. Ela trouxe consigo para a comunidade o capelão de seu pai, Serenus Cressy, O.S.B., que viria a publicar a primeira edição de Revelação de Julian de Norwich, em 1670.(2) Dona Margeret Gascoigne era irmã de Dona Catherine Gascoigne, O.S.B., eleita como primeira Abadessa de Nossa Senhora da Consolação, de Cambrai, em 1629, ambas provenientes de Yorkshire. Sua sobrinha, Dona Justine Gascoigne, sucedendo a Dona Bridget More, Prioresa de Nossa Senhora da Boa Esperança, de Paris, em 1665.

Este grupo de mulheres Inglesas fixou-se em Cambrai em 1623 e, passados seis meses, tinham feito uma petição ao Superior da Congregação Inglesa, para lhes ser enviado um monge qualificado para as treinar na oração contemplativa Beneditina. Como resposta, o Padre Augustine Baker, O.S.B., juntou-se a elas em 1624, tornando-se o director espiritual da comunidade até à sua remoção tempestuosa em 1633, quando voltou a Douai. Regressou a Inglaterra em 1638, aí morrendo em 1641.

A casa-filha de Paris, fundada em 1651, deu origem a um intenso surto de cópia de todos os livros de devoção da biblioteca de Cambrai, anteriormente à mencionada remoção do Padre Augustine Baker, tendo o maior número de cópias sido executado por Dona Barbara Constable, que se tinha juntado à comunidade de Cambrai, vinda de Yorkshire em 1645,(3). Os livros copiados incluiram o manuscrito de Dona Margaret Gascoigne (G), por Dona Bridget More, o manuscrito fragmentário de Revelação (U) de Julian, por Dona Barabara Constable e o manuscrito completo de Revelação (S1) de Julian, por Dona  Clementia Cary. Encontra-se um outro manuscrito completo, juntamente com S1, a que foi dado a sigla S2. Ambos os manuscritos possuem cuidadas anotações feitas como preparação para a primeira edição de 1670. No entanto, um outro manuscrito, Stowe 42, é o mais cuidadosamente tratado, fazendo com que interrogações e NBs de S1 e S2  sejam anotações cuidadosamente feitas mas não completamente acabadas, a partir das quais será composta a edição em 1670 de Serenus Crassy. Todos estes manuscritos tendem a apresentar as palavras de Cristo a Julian em tamanho maior que a letra do texto em que estão inseridas.

Como terá vindo parar às mãos de Margaret Gascoigne e das comunidades de Cambrai e Paris, um exemplar medieval da Revelação de Julian? Há a possibilidade de terem adquirido um exemplar do Texto Longo de Paris, Bibliothèque Nationale, Anglais 40 (que naquele tempo estava fechado na colecção Bigot em Roão), mas que tenha sido copiado pela Abadia de Syon no exílio, na Flandres. Podem ter obtido esse exemplar de Sheen Anglorum. Mas os manuscritos G, U, S1 e S2, todos diferem de P porque aumentam ou sublinham as palavras de Cristo a Julian, enquanto P as escreve a vermelho (rubrica). Outra possibilidade é a de Dona Margaret Gascoigne ter guardado em grande estima um manuscrito de Julian que permanecera na sua família desde os tempos de Thomas Gascoigne, Chanceler de Oxford e patrono da Abadia de Syon(4), e que, por sua vez, estaria na origem de G, U, S1, S2, C1 e da edição publicada por Serenus Cressy C2, a partir de C1.

Estes textos foram lidos e copiados no seio duma vida de comunidade, de oração e contemplação, uma comunidade que hoje continua em Stanbrook e em Colwich. Mas as Irmãs tiveram de lutar com todas as armas do amor e da obediência para conseguirem preservar os seus manuscritos, incluindo o manuscrito da Revelação de Julian de Norwich. Em 1655, receberam a ordem de Dom Claude White, então Superior da Congregação Beneditina Inglesa, de entregarem os seus livros contemplativos, encarados como 'contendo doutrina venenosa, perniciosa e diabólica'. A Abadessa  e as Irmãs prostaram-se aos pés de Dom White, recusando-se, na caridade, a entregar os livros (um deles o exemplar manuscrito da Revelação de Julian),

Foi por talvez saber o perigo que corriam os seus livros, que Cambrai já os tinha cuidadosamente duplicado para a sua casa-filha de Paris. Mais uma vez, o director espiritual em Paris, foi favorável aos métodos de Augustine Baker, de encorajar a contemplação, no século dezassete, através da leitura e escrita dos textos do século catorze. O Padre Serenus Cressy, O.S.B., seu capelão, não apenas encorajou a actividade de copistas, mas conseguiu que as Irmãs o ajudassem a preparar uma excelente edição da Revelação de Julian de Norwich, para a sua eventual publicação em 1670. A estratégia de copiarem cuidadosamente os livros de contemplação do passado, preservando-os para o futuro, manteve as Beneditinas Inglesas com vantagem. Quando muitos dos livros de Cambrai se perderam com a Revolução Francesa, os de Paris sobreviveram em larga medida, incluindo a cópia de Devotions de Dona Margaret Gascoigne realizada por Dona Bridget More, com a passagem da Revelação de Julian, escrita numa bela letra e com os fascículos lindamente cosidos, e que foi trazida em segurança para Inglaterra. Para Inglaterra também veio o Manuscrito de Upholland com os seus excertos de Julian copiados por Dona Barbara Constable. O seu retrato sobrevive.(6) Para Inglaterra vieram, também, os dois Manuscritos de Sloane com as cópias completas da Revelação de Julian, o primeiro copiado por Dona Clementia Cary, Fundadora da casa de Paris. Talvez, mesmo, o Manuscrito da Catedral de Westminster  tenha sido embarcado de volta a Inglaterra, a partir da Abadia de Syon, no exílio em Lisboa, durante esse período. Talvez que apenas o Anglais 40, da Bibliothèque Nationale, em Paris, permaneça ainda no exílio. Mas, por outro lado, talvez existam mais outros dois manuscritos da Revelação de Julian de Norwich no Continente, exemplares de manuscritos perdidos que se poderão encontrar ainda na Holanda e na Bélgica, e que a autora deste ensaio, do site de Julian, desafia os seus leitores a que os encontrem.

 
 
Text:
      42

Thou hast saide, O Lorde, to a 

deere child of thine, Lette me alone,
my deare worthy childe, intende (or attende) to me, I am inough to
_______________________
Texto:
42
Vós dissestes, Ó Senhor, a uma querida filha vossa, Deixa-me ficar só a mim, minha querida e preciosa filha, presta-me atenção, eu basto-

___________________

thee; reioice in thy Sauiour and Saluation (this was spoken to Julian the Ankress or norwich as appeareth by the book of her reuelations); This o Lorde
I reade and thinke on with great ioie,
and cannot but take it as spoken allso to me; Thou therein biddest me lette thee alone; to which I can not but answere and readilie yealde & submitte my selfe, sayeng;O yes, my Lorde; for what doe I desire more then to Lett thee alone in all things which thou wouldest do or permitte in me, or concerning me, which I am most as=
sured wholie to be intended by thee
for the cleansing and saluation of my
soule, as yet most vncleane & vn=
worthy of thee; thou wouldest for
that end purge me of all impedi=
ments in my waie of sincere tend=
te; alegra-te no teu Salvador e na tua Salvação (isto foi dito a Julian, a Anacoreta de Norwich como testemunha o livro da sua revelação). Isto, ó Senhor, eu leio e medito com grande alegria e não posso senão entendê-lo como dito a mim. Aí, Vós me ordenais que vos deixe ficar só a Vós, coisa a que não posso deixar de responder e pressurosamente inclinar-me e submeter-me, dizendo: Ó sim, meu Senhor! Pois, que mais desejo eu senão de vos deixar ficar só a Vós em todas as coisas que queirais fazer ou permitir em mim, ou que me digam respeito, das quais tenho absoluta certeza serem todas ordenadas à purificação e salvação da minha alma, no entanto, muito impura e indigna de Vós. Para tal fim, Vós quereis purificar-me de todos os impedimentos no meu caminho de sincera procura
dance towards thee and seruing of
thee, whereby thou mightest allwaies
finde me as pliable to thy Blessed will, as waxe before the fire in the hande of the aartesman is pliable to the maner of his working. Intende to me, saiest thou, and thou knowest, that that is it which
I aime at, and seeke to do at all times, both daie and night, and nothing ells, but that I maie continuallie attende to thee,
de Vós e do vosso serviço; assim me me pudésseis achar sempre tão dócil à vossa Bendita vontade, como a cera diante do fogo nas mãos do artífice é dócil à forma como ele trabalha. Presta-me atenção, dizeis Vós, e Vós sabeis que é isso memo que desejo e procuro fazer sempre, dia e noite, e nada mais possa eu senão continuamente prestar-vos atenção,

    And in her last sicknes, she
    caused these words to be placed
    before her eyes at the crucifixe,
    which she regarded till her death);

    (E na sua última doença, ela quiz
    ter estas palavras diante dos olhos
    fixados no crucifixo, que olhou até
    morrer;)

Thou saiest allso; I am inough to
thee; and to this I would willinglie an=
swere with the tongues & voices of all
creatures, saieng; Yes, my deare
Lorde, thou alone indeed art inough to me; for if all friends turne into
_____________________________

Vós dizeis também, Eu basto-te; e a isto eu desejaria muito responder com as línguas e vozes de todas as criaturas, dizendo: Sim, meu querido Senhor, vós apenas, verdadeiramente, me bastais. Porque mesmo que todos os amigos se tornassem
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foes, & all pleasures into paines, yet
art thou inough to me,these other
things being all as nothing in regarde of thee, who hast all good in thee, and art and euer shallt be all in all to me, And euen but to remember these thy most delicious wordes; I am inough to thee, is so great a ioie to my hart, that all the afflictions, that are, or (as I hope) euer shall fall upon me (at least which I can imagin) do and shall cause me to receaue from them somuch comforte, solace, and
encouragement, as that I hope by
thy grace, they shall be most dear=
lie welcome vnto me. Thou there
saiest farther, reioice in thy sa=
uiour and in thy saluation;
but though my loue be so colde, that
I am farre from goeng this as I

___________________________

inimigos e todos os prazeres em dores, mesmo assim me bastaríeis, essas outras coisas sendo como nada camparadas a Vós, que tendes todo o bem em Vós mesmo e sois e sempre sereis tudo em tudo, para mim. Porque apenas a lembrança destas vossas tão deliciosas palavras, 'Eu basto-te' , são tão grande alegria para o meu coração, que toda a aflição que me aconteça ou (como espero) alguma vez venha a acontecer (pelo menos tanto quanto posso imaginar) será causa para eu receber delas tão grande conforto e alívio, e coragem que, tal como espero pela vossa graça, elas serão acolhidas por mim com grande amor. Vós dizeis adiante: alegra-te no teu Salvador e na tua Salvação. Mas o meu amor é tão frio que estou longe de assim fazer 
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ought, yet I desire that with all the might, and powers of my soule, and with all the affection of my harte, I could reioice in thy infinite happines; and though my soule be neuer so poore and in neuer so great miseries, yet I desire according to such abilitie as is in me of thy gift, to ioy and reioy together with thee, for what thou art and doest possesse in thy immense riches, power and glorie, and in all that is pleasing to thee in all things, in thy selfe and in all thy creatures, in the riches of others, and my owne pouertie
and miserie (for to them, whom thou
art pleasing to, what thing of thine
can be displeasing.) and what is wan=
ting in me (through disabilitie) to
performe in this matter, I will re=
ioice and exullt in hart, that in all
fullnes and perfection it is supplied

____________________________


como devia. No entanto, desejo com todas as forças e poderes da minha alma, e com toda a afeição do meu coração, poder alegrar-me no vossa infinita felicidade; e embora a minha alma nunca tenha estado tão pobre e em tão grande miséria, no entanto, desejo, segundo o poder que está em mim como dom vosso, alegrar-me e voltar a alegrar-me convosco, porque vós sois e possuís na vossa imensa riqueza, poder e glória, e em tudo o que for de vosso agrado, em todas as coisas, em Vós mesmo e em todas as vossas criaturas, nas riquezas dos outros e na minha pobreza e miséria (pois para aqueles que a Vós agradam, que coisa pode existir neles de desagradável) e no que me falta (por causa da minha incapacidade) conseguir nesta matéria. alegrar-me-ei e exultarei no meu coração, que por Vós mesmo seja dado por completo e de modo perfeito 

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and aboundeth in thee thy self, where
I hope my selfe accordinglie in the
time which thou hast from eternitie
foreordained for it, to finde by ex=
perience such supplie and amends
for all mine and other creatures in=
sufficiencies in the matter. I farther=
more reioice in my Saluation which I confidentlie hope in vertue of thy most free and liberall goodnes, in the end to obtaine at the handes of thy mercie, and in no sorte as if I could expect anie such matter as due
to me or merited by me, nor anie
other waies to be attained to by me,
then by thy free giuft and meere
mercie (in vertue of the grace and
deserts of my most deere Lorde
and sauiour Jesu Christ thy onlie
and most dearelie beloued sonne)

____________________________

which mercies and goodnesses of thine I haue allreadie in various maners euen in my owne most unworthie selfe so greatlie and so frequentlie experienced, that
I can not, nor maie heerafter doubt there=
of, but euer maie, must, and will to the end confidentlie hope in thesame, and thereon onlie and wholie relie.

e em abundância, esperando que eu, de acordo com o momento que vós preordenaste desde a eternidade, encontre e experimente esse dom em abundância e emenda para todas as minhas insuficiências e das de todas as criaturas. Também, ainda, me alegro na minha Salvação que confiadamente espero vir a obter no final em virtude da vossa imensa livre e generosa bondade, das mãos da vossa misericórdia e de modo algum como se esperasse tal coisa como devida a mim ou merecida por mim, nem de algum modo a possibilidade de a tingir senão pelo vosso livre dom e simples misercórdia (em virtude da graça e méritos do meu muito amado Senhor e salvador Jesus Cristo vosso único e muito amado filho), 
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misericórdia essa e bondade vossa que já experimentei de vários modos tão magníficos e frequentes na minha muito indigna pessoa, de tal modo a não mais poder nem vir a duvidar daqui para a frente, mas antes para sempre poder, dever e até ao fim confiar esperançadamente e deste modo neleas me apoiar e totalmente confiar.


Notas

1.'Dame Catherine Gascoigne, 1600-1676', In a Great Tradition: Tribute to Dame Laurentia McLachlan, Abbess of Stanbrook, ed., The Benedictines of Stanbrook, p. 18.

2. [Sr. Benedict], How We Began: The Monastery of Our Lady of Good Hope, St Mary's Abbey, Colwich.

3. Placid Spearitt, O.S.B., 'The Survival of Mediaeval Spirituality Among the Exiled English Black Monks', American Benedictine Review 25 (1974), pp. 289-293.

4.'Dame Catherine Gascoigne', In a Great Tradition, ed. Benedictines of Stanbrook, p. 4. Para Thomas Gascoigne, ver Julia Bolton Holloway, Saint Bride and her Book: Birgitta of Sweden's 'Revelations'; Birger Gregersson e Thomas Gascoigne, The Life of St Birgitta, ed. Julia Bolton Holloway. Thomas Gascoigne obsessivamente coleccionou e anotou todos os assuntos relativos a Santa Brígida e ter-se-ia interessado, de modo semelhante, pela sua contemporânea inglesa.

5. 'Dame Catherine Gascoigne', In A Great Tradition, ed. Benedictines of Stanbrook, p. 25.

6. Integrado no Catholic Record Society 13 (1913) e reproduzido no opúsculo em capa dura, juntamente com o desenho a lápis do retrato de Dona Bridget More, O.S.B., contendo ainda o opúsculo, o facsimile do texto manuscrito H18.


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